31.12.08

Considerações finais

Último dia de 2008. Madrugada de quarta-feira.

Araguaína quente, sobrevivo a uma crise de rinite, com doses regulares de febre, espirros, garganta doendo e a desconfortável sensação de peso e pressão na cabeça.

Parece que a virada não será muito diferente da do ano passado. Quando uma bela crise de garganta me acompanhou, enquanto dormia e acordava, dormia e acordava no Reveillon.

Não sei bem quando começaram essas frescuras de adoecer no reveillon, mas desconfio que seja mesmo um ato reflexo de qualquer coisa não resolvida.

Mamanha, digo para mim mesma.

O momento não poderia ser mais propício para o balanção do ano que passou.

Segundo ano de Brasília, essa cidade que critico tanto assim que chego a ter vergonha de meus amigos brasilienses. Mas eles hão de entender que uma andarilha jamais se satisfaz. Ou se satisfaz mas disfarça primorosamente. Sempre fico pensando em escrever minha ode crítica à Brasília e ainda farei.

Mesmo assim cuspindo no prato que comi com fartura, digo a todos, nunca fiquei sem trabalhar. E esse tema fica a cada dia mais recorrente quando páro para pensar no mercado profissional. Eita porra! (essa expressão eu adotei dos brasilienses) Agora é pra valer!

Conclui finalmente, finalmente, até que enfim, fim, a graduação. Na verdade, a entrega de alguns documentos ainda me assolam a paz, mas estou confiante que quando você apresenta um trabalho de conclusão de curso e leva uma bela menção, diga-se 10 (perdão, mas eu não me contenho), então há de ficar confiante de que tudo, tudo, tudo vai dar certo.
Com isso me tornei meio avá-canoeira, foi encantanda por eles e depois dessa experiência em Minaçu-GO, uma gostosa utopia de que tenho alguma vocação para o jornalismo ficou guardada. Assim como os olhares, sorrisos, abraços e toda aquela satisfação que aqueles personagens maravilhosos que pude conhecer e fotografar por lá, ficaram registrados nessa caixola aqui.
Em casa, a solidão primeiro deu lugar a dupla e depois ao trio. O Piip chegou para tornar minha vida algo melhor e mais colorido. Por causa disso acredito que 2009 será um ótimo ano. Com a diferença dos endereços, da 408 Norte para o Engenho de Dentro. Foi importante conseguir mobiliar o ninho e se virar como gente grande, ainda com todas as nossas trapalhadas e mancadas financeiras. Hehehe... Coisas de casal de primeira viagem. O casório ficou adiado sabe-se lá para quando, mas pouco importa na prática. E o Ygotz, quando veio para fazer a faculdade-sonho dele, veio também para testar meus nervos e paciência, e também para mostrar que é um grande parceiro, um bom irmão.

É, é um resumo grande, eu sei. Mas o ano foi intenso. Me exigiu cada gota de suor, de dedicação, cada momento de concentração. Choro, lágrimas, noites acordadas e tudo mais. Agora da casa da mama, onde minha preocupação se concentra em comer e dormir, analiso com distância e retiro importantes lições sobre mim e sobre a vida.
Embora a febre e o calor insistam em se mostrar evidentes, neste momento, 2008 foi um ano marcante. Fundamental. Que 2009 possa vir bem. Com saúde, paz e alegrias. Com dinheiro também, empregos, trabalhos, novas sementes para se continuar plantando. É o que desejo.

Recepção na casa da mama!

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